Por Octavio Caruso
Do cinemão mainstream hollywoodiano até títulos obscuros e excelentes do novo cinema indiano, você vai encontrar nesta lista muitas horas de entretenimento de altíssima qualidade. Selecionei, como sempre, tentando abraçar diversos gêneros…
Rebecca é uma das melhores fotógrafas de guerra do mundo. Ela enfrenta uma grande tempestade emocional quando seu marido se recusa a continuar aceitando a arriscada profissão dela. Ele e as filhas do casal precisam de Rebecca, que, no entanto, ama tanto a família quanto o trabalho. Impecável Juliette Binoche em filme injustamente pouco lembrado e que emociona, despertando importantes questionamentos.
Clássico melodrama que fez o mundo chorar na década de 90. Um garoto levava uma vida normal até que, quando tinha seis anos, estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos problemas de ordem mental que foram diagnosticados como ALD, uma doença extremamente rara que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos.
Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento para uma doença desta natureza. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença.
Como nunca conseguiriam juntar dinheiro para comprar uma casa sozinhos, Sanjay e Karina decidem embarcar em um casamento por conveniência. Romance original Netflix que supera muitas bobagens que são despejadas nas salas de cinema mensalmente no gênero.
Comédia indiana que gira em torno de Tashi, Arun e Nitin – 3 companheiros de quarto, eles são caras normais, vivenciando uma vida regular, exceto por um pequeno detalhe – eles estão na lista negra de um dos sindicatos mais mortais do mundo do crime.
Índia, época da Rainha Victoria. Ano de 1893. Champaner, uma pequena povoação de camponeses da Índia Central. Nos arredores desta localidade é levantado um cantão britânico, governado pelo capitão Russell, um homem poderoso e arrogante, que decide sobre a vida e a morte dos habitantes dos povoados que estão sob a sua jurisdição.
Lagaan, narrará a história de um insólito grupo de heróis encabeçados por Bhuwan, um jovem e enigmático camponês, cujo valor nasce dos seus ideais e do sonho que alberga no seu coração. Bhuwan, conta com a ajuda de Elizabeth, uma delicada menina inglesa, e da sua melhor amiga Gauri, uma jovem hindu que sonha casar com o homem que ama.
O filme conta a história real da ganhadora do concurso Miss Israel, Linor Abargil. Seis semanas antes de se apresentar na competição, com 18 anos de idade, ela foi esfaqueada e estuprada em Milão. Quando entrevistei Cecilia Peck, filha do inesquecível ator Gregory Peck, ela estava divulgando este belo trabalho como diretora, um documentário pungente e necessário.
Palavras da própria diretora na entrevista: “Tenho muito interesse em mulheres que expressam coragem em suas convicções, que sacrificam tudo em prol de ajudarem outrem. Por causa da coragem de Linor em contar a sua história, “Brave Miss World” está ajudando sobreviventes em todos os lugares a superarem o trauma. O filme carrega, essencialmente, uma mensagem muito positiva de esperança.”
Dennis Nash (Andrew Garfield) perdeu a sua casa por conta da hipoteca e teve que se mudar para um pobre hotel com sua mãe (Laura Dern) e seu filho pequeno. Desesperado para reaver seu lar, ele aceita trabalhar com o imoral agente imobiliário Rick Carver (Michael Shannon), que foi a pessoa responsável pela sua perda.
Logo, ele tem que ajudar Carver a expulsar outras pessoas e a desviar dinheiro do governo. Enquanto seus problemas financeiros desaparecem, a consciência de Nash passa a atormentá-lo. Filme que vai se manter em sua mente por muito tempo após a sessão.
Joe Ransom (Nicolas Cage) é um ex presidiário que vive preso ao passado. Afundado na bebida e amargurado com a vida, ele começa a trabalhar em uma madeireira durante o dia, procurando uma vida simples.
Durante seu período de trabalho, ele encontra com Gary (Tye Sheridan), um jovem de 15 anos, que procura trabalho desesperadamente para conseguir sustentar sua família, e cujo pai é alcóolatra. Joe decide proteger e cuidar do menino, oferecendo-o um trabalho. Melhor interpretação de Nicolas Cage em muitos anos.
Se você for como eu, que se entristece quando passa pela jaula dos símios no zoológico e vê os animais, ditos, racionais se portando como acéfalos, provocando o animal e perturbando sua já limitada existência, prepare-se para sair revoltado da sessão desse ótimo documentário. A ideia de utilizar a baleia, um animal fora de seu habitat como fantoche, tentando domar o indomável, como bem salientado no próprio filme, será visto num futuro próximo como um ato de pura barbárie.
Empresas como a SeaWorld, que são capazes de roubar a dignidade de um funcionário morto, apenas para não ter problemas judiciais, continuam exercendo suas atividades normalmente. Animais selvagens mantidos em cruel cativeiro, sofrendo stress diário e sendo brutalmente separados de seus filhotes, como numa das declarações mais contundentes, onde ex-treinadores relatam o longo desespero agonizante das fêmeas.
A angústia aumenta até que alguns ataques começam a ser contados, acertadamente, sem explorar as tragédias, cortando sempre antes dos ataques fatais, evidenciando que não são casos isolados causados por imperícia dos treinadores. A natureza sempre encontrará um caminho, por mais que os homens acreditem ser capazes de dominá-la de alguma forma.
Utilizando como ponta de lança argumentativa a morte da experiente treinadora Dawn Brancheau em 2010, a diretora Gabriela Cowperthwaite assegura pela forma com que finaliza sua obra, que existe esperança no ser humano, ainda que as absurdas touradas sejam uma tradição e os homens ainda achem interessante verter sangue em octógonos. Como mostradas, as baleias que possuem o costume de viver em grupos e nunca atacam em seu ambiente natural, provam ser mais inteligentes que nós.
Em Nova York, um escritor grosseiro e sarcástico (Jack Nicholson) tem como alvos principais um artista gay (Greg Kinnear), que é seu vizinho, e uma garçonete (Helen Hunt) que enfrenta problemas por ser mãe solteira e ter que se desdobrar para cuidar de seu filho, que tem asma crônica.
Mas o destino vai fazer com que eles fiquem muito mais próximos do que poderiam imaginar. A leveza do roteiro, um dos melhores da década, ganha ainda mais relevância na entrega carismática do elenco, com destaque para o sempre impecável Nicholson.
Fonte: Revista Pazes
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