Tyler um garotinho de 5 anos com autismo, foi premiado por sua coragem.
O menino discou para o serviço de emergência do Reino Unido depois que a mãe Chaley-Anne Semple desmaiou.
A mãe estava com Tyler e sua irmã de 3 anos na casa da família em Thurrock, no condado de Essex, quando perdeu a consciência, Tyler então telefonou para solicitar uma ambulância e pediu ajuda a um vizinho.
“Isso é um feito fantástico para qualquer criança de 5 anos, mas mais ainda para uma criança com espectro de autismo”, disse a Sociedade Nacional de Autismo.
Chaley perdeu a consciência depois de voltar para casa após um “dia corrido” com as crianças. Ela tem um problema de saúde que a deixa suscetível a esse tipo de episódio.
“Tyler disse ao serviço de emergência que eu estava morta e que eu teria comido uma maçã envenenada dada por uma bruxa feia”, contou ela.
“Eles devem ter achado que era um trote. Ele ficava repetindo o endereço completo da nossa casa e não respondia às perguntas que faziam.”
Mas Chaley afirma que, apesar das limitações, o filho conseguiu passar a mensagem ao interlocutor. “Eu acho que ele disse: ‘Eu sou Tyler, eu tenho autismo’. Isso ajudou e eles passaram a compreender o Tyler melhor.”
O atendente que estava do outro lado da linha disse para Tyler caminhar com a irmã até a casa da vizinha.
A situação se tornou mais dramática, porque a vizinha teve que entrar na residência de Chaley pela janela, a porta da casa da família se fechou quando as crianças saíram de lá em busca de ajuda.
“Eu estou muito orgulhosa das crianças por terem mantido a calma. Meus filhos provaram a si mesmos que conseguem lidar com uma situação como essa.”
Chaley conta que Tyler tem muita dificuldade para conversar com outras pessoas e que ficar por 10 minutos no telefone para pedir socorro deve ter sido um desafio para o menino.
“Repassar o endereço, receber instruções… Essas são coisas que ele considera muito difíceis.”
Tyler recebeu um certificado da Sociedade Autista Nacional pela coragem. A irmã Annabella também foi parabenizada por ter dado beijos na mãe e acariciado a mão dela até que os paramédicos chegassem.
A instituição disse: “Muitas crianças com autismo já acham difícil se comunicar com pessoas que elas conhecem, imagina pegar um telefone e falar com um desconhecido.”
O serviço de emergência que atendeu Cheley disse que Tyler sabia exatamente o que fazer e que foi muito corajoso “diante de uma situação que deve ter sido assustadora para ele”.
Informações:G1