Segundo a Fundação Nacional do Sono, com sede nos Estados Unidos, um adulto precisa dormir de 8 a 9 horas por noite para manter a saúde em dia.
Mas esse não é o caso de Jayne Butler, de 19 anos, ela já chegou a dormir 18 horas ininterruptamente no dia!
Jayne é portadora de um distúrbio neurológico que atinge uma em um milhão de pessoas. Conhecido popularmente como “Síndrome da Bela Adormecida” , este distúrbio é conhecido cientificamente como Síndrome de Kleine-Levin. Uma das características dessa síndrome é que a pessoa portadora logo que adormece cai rapidamente em um sono profundo.
Apesar do apelido, Jayne relatou ao Daily Mail Online, que a situação não é nada parecido com um conto de fadas. Porque assim que a pessoa adormece ela sofre com terríveis pesadelos, e ao acordar ela mal consegue ficar de pé sem cambalear.
Jayne teve a primeira crise de novembro até o fim de dezembro de 2017, onde ela passou o Dia de ações de Graça e Natal dormindo, a segunda crise veio em junho deste ano, e fez com que a jovem perdesse duas apresentações de dança e suas provas na universidade. “Quando não estou em uma crise, sou completamente normal. Sou estudante universitária e tenho minha vida normal. Durante episódios, contudo, é apenas incontrolável. Na maior parte do tempo eu fico dormindo por cerca de 18 horas por dia. Às vezes chega a 24 horas ou mais”, relatou ao Daily Mail Online.
Sobre os pesadelos durante as crises ela revelou: “Às vezes meus sonhos são muito bons, mas em outras eles são assustadores e é aterrorizante eu não conseguir acordar para interrompe-los.”
Ela explicou que consegue prever uma crise uma semana antes de acontecer, porque todos os seus sentidos “apenas se degradam”. Jayne explica que começa a ficar com a visão reduzida até que ela não consiga mais enxergar, a pele perde a sensibilidade ao ponto de não sentir o calor da água quente no banho.
“Tudo acontece com meus sentidos. Minha audição meio que degrada. Vou pegar um texto para ler e não consigo enxergar direito. Você realmente começa a se dissociar da realidade”, relata ela.
Ao receber o diagnóstico, Jayne foi prescrita com um estimulante para melhorar a capacidade cognitiva, porém ela afirma que a medicação não surtiu nenhum efeito.
Hoje ela aborda o tema para aumentar a conscientização sobre essa condição rara: “Às vezes, as pessoas são diagnosticadas como portadoras de síndrome bipolar ou depressão. Então, elas são tratadas com remédios pesados que nem sequer ajudam na síndrome, apenas os prejudicam mais. É muito triste, então eu quero trabalhar para espalhar a consciência para que as pessoas possam ter a ajuda necessária. Eu, por exemplo, nunca tinha ouvido falar disso até ser diagnosticada.”
Assista a reportagem falando mais sobre a Síndrome de Kleine-Levin:
Informações:Womens Health Brasil