Por: JCS
Seu nome é Rebeca Costa, 26 anos, modelo que tem nanismo, estreou nas passarelas da São Paulo Fashion Week em sua última edição. Ela tem apenas 1,20 m de altura, e teve que encarar inúmeras dificuldades para conseguir chegar ao maior evento de moda no Brasil – a jovem modelo já teve suas pernas paralisadas e tem hidrocefalia, um quadro clínico onde acumula-se muito líquido no crânio.
O nanismo a fez superar inúmeras dificuldades
Desde um passado próximo, Rebeca precisou tomar uma medicação que a fez ganhar um bom peso. Resultado disto, a pressão na coluna gerada pelo ganho de peso lhe causou uma paralisia em suas pernas.
“Fiquei sem andar, e, quando voltei, andava com muita dificuldade. Quando perdi a mobilidade comecei a emagrecer, e, com isso, retomei meus movimentos”, paulatinamente, com a reeducação alimentar e a atividade física, a jovem modelo conseguiu voltar a andar.
A hidrocefalia (aumento anormal do fluido cefalorraquidiano dentro da cavidade craniana), que contribui para deixar a cabeça inchada e maior que o tamanho normal, pode acontecer com qualquer pessoa não havendo assim uma causa definida, podendo envolver certos fatores genéticos e outras doenças.
Hoje, além de sua carreira de modelo, ela compartilha com as redes sociais sua trajetória no Instagram, falando sobre como tem lidado com a autoestima e aceitação.
“Meus amigos queriam saber como eu adaptava minhas roupas, já que nanismo sempre teve a fama de usufruir roupas infantis, e eu quero derrubar esse mito”, conclui.
Com o seu exemplo pessoal, Rebeca demonstra que o universo da moda pode ser inclusivo- ela faz questão de fornecer várias dicas de onde encontrar bons sapatos de tamanho menor e como adaptar peças de roupas, por exemplo.
Sua participação no SPFW foi uma maneira de demonstrar que pessoas com nanismo também conseguem e podem usar roupas lindas e estilosas.
Ela contou em seu Instagram que, desde a infância, aprendeu a ver o nanismo como uma de suas características, e, nunca permitiu que outras pessoas lhe diminuíssem por conta de seu tamanho: “O nanismo não me atrapalha, mas sim me abençoa”.
“Eu nunca neguei as batalhas que o nanismo me proporciona e nem ao menos escondi elas de ninguém… Mas só eu sei tudo o que passei para me tornar essa obra que sou hoje”, disse.