Ser bonito como Rodrigo Hilbert a maioria dos homens não conseguirá. Nem adianta instalar kit nenhum, porque um banho ou barbeador já denúncia o golpe. Agora, cozinhar, fazer carpintaria e cuidar dos filhos a maioria dos homens não consegue porque são mimados e preguiçosos mesmo. Simples assim.
Basicamente, quem cresce num ambiente urbano na classe média é criado pelos pais em um esquema de super proteção e machismo que os impede de fazer qualquer coisa em casa. Lavar a louça? Deixa para sua irmã. Filho meu não faz serviço de mulher.
Tanto que não é incomum uma pessoa ir morar sozinha e perceber que é uma nulidade total em serviços domésticos, sendo incapaz de fazer um arroz ou lavar a própria roupa. E assim, acaba terceirizando quase tudo que deveria ter aprendido antes de virar adulto e que possivelmente não vai saber em umas três reencarnações. Ou pior, continua contando com a mãe, mesmo fora de casa. Mas o curso de inglês e as viagens para a Europa “para se encontrar” estão em dia.
Não é cobrança para ser profissional em todas as tarefas domésticas. Nem todo mundo desenvolve habilidades para cozinhar em nível profissional. Mas no geral, os homens crescem sem saber fazer o básico e arranjam esposas que acabam se tornando uma nova mãe para eles. É uma eterna dependência até para colocar a comida no prato.
Portanto, Rodrigo Hilbert não deveria ser parado pelo que faz. E sim ser usado como exemplo para que os marmanjos deixem de acreditar não devem se envolver nas tarefas básicas do cotidiano.
E não adianta relativizar o fato de que Rodrigo faz isso por que conta com uma equipe por trás no programa ou alguém que cuide da casa dele enquanto ele monta uma casa de madeira pros filhos no quintal. Todos sabemos disso. E de forma alguma isso diminui o que ele faz.
Basta pensar que gente no mesmo nível de fama dele, como Caio Castro, mesmo com esse auxílio, teria dificuldade em ligar um fogão ou picar um tomate. É melhor ser um homão da porra mal diagramado do que um galã legítimo que não sabe fazer um pão na chapa.
