O aplicativo Goodr redirecionou mais de 4 milhões de reais em comida que iriam para aterros sanitários e foram para associações de combate à fome, em Atlanta, nos Estados Unidos.
A idealizadora do aplicativo, Jasmine Crowe, costumava realizar jantares para moradores em situação de rua. Ela ficou famosa depois que um vídeo sobre seus esforços viralizou, em janeiro de 2016.
Muitas pessoas começaram a perguntar: “Quais restaurantes doaram a comida?”. Surpreendentemente, a comida não vinha de nenhum restaurante. Era Jasmine quem comprava e preparava as refeições com o dinheiro do próprio bolso, sem ajuda externa. As informações são do Fast Company.
Tudo mudou no ano passado: em janeiro, ela lançou o Goodr, um aplicativo que redireciona sobras de comida de restaurantes – em perfeitas condições para o consumo humano – para organizações que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar.
“A fome não é uma questão de escassez. Há comida suficiente. É realmente uma questão de logística”, afirma Jasmine. Muitos restaurantes não sabem como reaproveitar as sobras de comida ou simplesmente não buscam conhecer organizações sem fins lucrativos que ficariam felizes em doar esses alimentos para os mais necessitados.
Ao mesmo tempo, as pessoas que precisam – não apenas os sem-teto, mas também famílias de baixa renda e idosos – podem não ter tempo ou mesmo transporte para ir até os serviços de refeições gratuitas e bancos de alimento.
É aí que entra o Goodr: o aplicativo resolve essa questão permitindo que os clientes cadastrados sinalizem quando há excedente de comida para ser doado. Quando necessário, as empresas fornecem embalagens e transportam os itens doados. As pessoas beneficiadas também podem acessar um painel e compartilhar depoimentos.
Além disso, a empresa monitora o peso das entregas para calcular seu impacto ambiental(aquilo que não vai para os aterros sanitários) e o bônus financeiro (taxas pequenas de descarte de lixo podem ser transformadas em doações).
O Goodr cobra das empresas uma taxa que varia conforme a quantidade de alimentos retirada, entre 2,5 mil e 15 mil dólares por mês. Jasmine calcula que, para cada dólar investido no serviço, a empresa economiza 14 dólares com despesas e deduções de impostos.
Atualmente, a empresa gera uma receita de 30 mil dólares por mês, enquanto seus clientes já economizaram 2,5 milhões. O objetivo da companhia para o próximo ano é gerar uma receita anual de 1 milhão de dólares e expandir suas ações para outras cidades (Washington, D.C; Orlando; Las Vegas e Chicago), com transparência e responsabilidade.
Você conhece alguma empresa ou organização sem fins lucrativos que faz um trabalho parecido no Brasil? Compartilhe nos comentários. Vamos adorar conhecer!