Podemos estar na nossa sala de trabalho fazendo nossas atividades e não estar ali presentes.
Podemos ir a um encontro familiar e não estar presentes. Podemos frequentar um curso e não estar nele presentes.
Podemos, até mesmo, nos relacionar com alguém sem estar presentes.
Na verdade, muitas pessoas não estão presentes na maior parte das coisas que fazem.
Estar presente é estar com a ALMA ali. Não adianta só o corpo estar, pois o corpo disfarça muito bem. Nós conseguimos fazer com que pareça que realmente estamos presentes, quando estamos muito, muito longe.
Falamos, olhamos e agimos como se estivesse tudo certo, tudo ali, mas pode não estar.
E a nossa mente é a grande vilã nessa história. Ela pode nos fazer ficar boa parte do tempo viajando para o passado e para o futuro, para outros lugares, outras dimensões, aos nossos mundos hipotéticos, às possibilidades, aos sonhos e aos traumas.
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Pode nos fazer ir, mentalmente, ao encontro de pessoas que estão distantes, de situações que não foram bem resolvidas, de lugares que poderíamos estar, mas não estamos. Na verdade, ela funciona demais da conta!
E, ao não estarmos presentes, perdemos a maior dádiva da vida, que é, verdadeiramente, VIVER.
E viver é sentir o que está acontecendo exatamente agora, exatamente onde se está fisicamente e exatamente com quem se está.
Ao brincar com os nossos filhos com a cabeça nos novos possíveis projetos de trabalho, na verdade, não estamos ali, não estamos presentes, não estamos com eles brincando.
Ao trabalhar pensando nas decepções amorosas que passamos, certamente não estamos presentes no trabalho, não estamos vivendo aquele momento em toda a sua plenitude.
E, sem querer, podemos acabar ligando um piloto automático permanente e passar o dia lá longe, fora daqui, fora de si, enquanto o nosso corpo faz mecanicamente tudo o que está programado.Isso é muito triste, por mais que possamos ainda não ter nos dado conta.
A vida passa e, se não estivermos suficientemente presentes, nem perceberemos. Viveremos histórias que só existiram na nossa mente e não a nossa história real de vida.
E isso trará prejuízo a tudo o que nos envolve (familiares, trabalho, amigos…), mas, sobretudo, a nós mesmos.