Seria muito bom não precisar trabalhar naqueles dias em que estamos com cólicas menstruais. Na Itália, isso pode se tornar possível graças a um projeto de lei apresentado pelas deputadas Romina Mura, Daniela Sbrollini, Maria Iacono e Simonetta Rubinato, do Partido Democrático.
De acordo com a proposta, as empresas deveriam conceder três dias de licença remunerada todos os meses para as funcionárias que sofrem com cólicas.
Para garantir o benefício, as mulheres deveriam passar por um controle médico anual, que certificasse que elas sofrem com as dores, conhecidas como dismenorreia.
Um dos principais pontos contrários à medida é a crença de que, caso a lei seja aprovada, os empregadores poderão dar preferência a contratar mais homens do que mulheres – um debate que já ocorre em relação à licença-maternidade.
No país, outra crítica é de que a lei poderia reforçar estereótipos sobre mulheres e a menstruação.
Em compensação, quem defende a aprovação da licença argumenta que não se trata apenas de deixar que as mulheres fiquem em casa quando estão menstruadas, mas de evitar que as funcionárias precisem trabalhar com dor – o que afetaria tanto sua saúde quanto a produtividade no trabalho.
Leis similares já são comuns em países asiáticos há anos. No Japão, as licenças-menstruais são oferecidas às mulheres desde 1947, enquanto Taiwan oferece licença paga de três dias durante o período desde 2013. Outros países que já adotaram a medida foram a Coreia do Sul e a Indonésia.
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