Já se passaram cinco anos, mas sempre me lembro como se fosse ontem.
Eu, uma récem nascida de colo e uma filha de 3 anos, sentadas no consultório do pediatra por causa de um assunto relacionado à saúde das meninas e o olhar deste mesmo pediatra direcionado a mim. Um olhar que me salvou, que me perguntou o que eu precisava naquele momento, que me fez perceber o quanto eu estava exausta. O que me fez perceber que, até então, eu mal conseguia pensar.
Aquela cena se repetiu enquanto eu estava na poltrona diante da tela de cinema, assistindo ‘Tully’, um filme que mostra um assunto sobre o qual não damos a menor atenção: a saúde mental das mães.
Todos sabemos como é exaustivo gerenciar dezenas de tarefas diariamente. Somado a isso, temos os filhos, que são sim as criaturas que mais amamos no planeta e nos abastecem de amor, mas que drenam cada gota de energia que temos. Para uma criança ser minimamente bem cuidada, são necessários olhares, braços e cuidados relacionados à higiene, alimentação, saúde. Isso sem citar a parte emocional. Cuidados pelos quais todos acreditam que é a mãe a responsável. Nascemos com esse “chip” e, quando algo dá errado, é batata: a ‘culpa’ é sempre da mãe.
No filme, Marlo, a personagem principal, sente a sobrecarga depois do nascimento do terceiro filho. Não é sobre o número de filhos, mas das pequenas atividades cotidianas, que estamos falando. Ela leva na escola, vai nas reuniões, dá banho, faz o jantar, acorda na madrugada. Aquele filme do qual toda mãe conhece o enredo.
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Via: Revista Crescer