O Empathy Museum, sediado em Londres, nasceu em 2015, desde então uma versão pocket de sua exposição interativa “A Mile in My Shoes” vêm circulando por diversas cidades e países, para impactar pessoas e promover a transformação.
O projeto chegou ao Brasil com o título “Caminhando em seus sapatos”, foi feita uma curadoria com 25 histórias contada por 25 personagens diferentes com o intuito de que o ouvinte possa se colocar no lugar do outro.
A ideia é falar muito da importância da empatia para sociedade, como explica a diretora executiva do intermuseus Adrea Buoro.
“A ideia era captar questões sociais, de desigualdade, lutas e militâncias contra a gordofobia, machismo, além de abordar conceitos como superação, amor e resistência”, conta em entrevista ao Hypeness.
Esses sentimentos prometem proporcionar uma experiência única a quem visita a exposição a partir da sua escolha por qualquer caixa de sapatos, sem conhecer as informações contidas, somente o primeiro nome.
“Dizem que é a história que escolhe o visitante”, conta Renato, que também trabalha na mostra.
Uma das histórias interessantes é de uma caixa com um calçado número 35 pertencente à Alessandra, que se tratava de uma garota de programa, que apesar da profissão sonhava em ser psicóloga. Outra caixa tinha um calçado número 42 pertencente a Paulo, ele é pai de uma portadora de Síndrome de Down. Em um áudio emocionante ele relata as dificuldades que enfrentou para superar o desafio da inclusão social a partir daquela condição da filha.
“Toda história tem um contexto, vivemos numa sociedade que tem grande desigualdade e, por isso, a gente quer promover essa sensação de olhar para as pessoas de forma mais ampla”, justifica Andrea Buoro.
A mostra encontra-se no pavilhão da Bienal de São Paulo até dia 17 de dezembro no Parque do Ibirapuera, na Praça das Bandeiras.