Sobre o tempo e a relatividade das coisas

Sempre imaginei encontrar um amor para a vida inteira e acreditei que seria rapidamente. Que chegaria a fase adulta com planos e sonhos de uma família perfeita e um amor “de filme”.

Alguns amigos têm relacionamentos de cinema, namoram a mesma pessoa desde a escola,
casaram, tem filhos lindos e parecem ser realizados, outros se aventuraram mais, terminaram e começaram diversos relacionamentos, porém ainda não encontraram a “tão sonhada cara metade”.

Pensei muito sobre isso, sobre como as pessoas se cobram e desejam ter aquele tão esperado amor de filme. A primeira conclusão que cheguei é que deveria ser proibido passar na sessão da tarde esse tipo de coisa, porque simplesmente crescemos achando que a vida vai ter sempre um final feliz e isso não é verdade.

A segunda e acredito que a mais sábia, é que duas pessoas jamais se completarão.

Confesso que aprendi isso apanhando. Antes de querer achar a cara metade, a gente precisa ser uma pessoa inteira, completa, certa de quem somos e do que queremos.

Entrei em muitos relacionamentos incompleta, carente, na angústia de ser “preenchida” por outra pessoa que na verdade já era completa e não precisava perder tempo esperando eu decidir quem eu era e o que eu queria. O resultado foi um balde de lágrimas e o coração
partido.

A verdade é que a maioria das pessoas deixam que sua felicidade dependa de algo que podem perder, ou seja, outra pessoa. O resultado disso? Adultos frustrados, tristes falando por aí que amor não vale a pena.

Amor vale a pena, mas para amar alguém é preciso se amar primeiro, saber do seu valor e ter plena certeza de que se for pra não haver reciprocidade, não merece ter  relacionamento.

Hoje eu procuro uma pessoa inteira, disposta a somar ao meu lado, uma pessoa para qual eu não precise acrescentar muito, pois ela é completa em si mesmo e dessa maneira tem muito a me oferecer.

Parei de sofrer o dia em que deixei de acreditar que amores sinceros são aqueles onde o
príncipe e a princesa vivem felizes para sempre e comecei a acreditar que o verdadeiro amor é aquele construído entre duas pessoas que sabem o que querem e que querem estar juntas.

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