Por: Renata Guimarães
É muito difícil uma despedida, é muito doloroso a dor de uma perca, mais doido ainda é não termos a oportunidade de falarmos, adeus!
Acredito que todos nós já sentimos essa dor antes, alguns de nós colecionamos lembranças daquele abraço, que chegou a ser o último e nós não sabíamos.
Ninguém está acostumado com a morte, perder uma pessoa que amamos muito, dói tanto, fere a alma e causa uma tristeza inquestionável e ao mesmo tempo inexplicável.
Mesmo quando um ente querido se encontra enfermo, ainda assim, não estamos preparados com a ida dessa pessoa.
Queremos vivenciar o milagre, que a pessoa enferma seja curada e viva conosco anos e anos. Isso seria ideal, isso seria genial.
Mas a vida tem ciclos, chegará um dia que encerraremos o ciclo da vida; faz parte do processo, faz parte da nossa existência.
Há tempo para cada coisa debaixo do céu, há tempo de nascer e tempo de morrer.
Além de perdermos quem amamos, passamos por um processo inevitável, às vezes é preciso desfazer das lembranças.
Fico imaginando a dor de um casal quando um perde o outro, de um filho quando perde um de seus pais, porque perderam a estrutura familiar, os nossos alicerces sofrem um forte abalo emocional, e para as cicatrizes curarem levam um tempo.
A dor nos tornam escravos do passado e deixamos que a morte enterre as nossas lembranças e o nosso sorriso e por último, nós. Tudo que a outra pessoa jamais aceitaria que nos acontecesse, de morrermos aos poucos.
Um adeus sem despedidas dói muito, porém, morrer a cada dia dói mais ainda, existem pessoas que também precisam de nós, necessitam da nossa atenção, do nosso abraço.
Não é fácil esquecer quem deixou em nós a sua marca, as melhores lembranças e deu sentido ao amor. Mas precisamos voltar a viver, para que outras pessoas vivam conosco.
Jamais devemos esquecer quem um dia partiu. Como diz o padre Marcelo Rossi: – Saudades sim, tristeza não.
Seja luz na vida dos que ficaram e tenha saudades de quem partiu.
Nada é eterno antes de vivermos a eternidade.