Diferente da maior parte dos artistas, que se posicionaram sobre o caso da morte da vereadora Marielle Franco.
O Cantor Zezé Di Camargo, preferiu criticar a indignação coletiva sobre o caso ao comparar a morte da ativista com a da médica Gisele Palhares Gouveia, também assassinada a tiros no Rio, mas em 2016.
O cantor diz não entender o porquê a morte da vereadora teve tanta repercussão, postou no Instagram.
Mas nem Zezé e nenhum famoso que está usando esse caso como forma de diminuir a importância da morte da vereadora, se indignou sobre o assassinato dela.
O crime teve sim uma cobertura intensa da mídia, mas o que Zezé de Camargo talvez não entenda é que quem está comovido com o caso de Marielle, não ignora nenhuma outra morte violenta no país.
Qualquer morte é indiscutivelmente lamentável. Porém a morte de uma figura pública sempre causou e causará mais comoção do que a de um anônimo, e no caso de Marielle existe o agravante por ter suspeitas de ter sido uma execução com motivações políticas.
Esse mesmo Zezé de Camargo, que não entende o porque da indignação da morte de Marielle, na época em que Cristiano Araújo morreu vítima de um acidente de carro em Goiás, se indignou quando Zeca Camargo questionou os motivos porque tanta gente estava lamentando a morte de um cantor, que para o jornalista, não era tão famoso
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No dia do acidente, Zezé não publicou nenhuma notícia de acidente de carro envolvendo um desconhecido e questionando os motivos da mídia não dar o mesmo tipo de importância para o caso. Dois pesos, duas medidas.
Quando uma figura pública finge não entender a indignação sobre a morte de uma pessoa famosa, ter grande impacto na imprensa demonstra que virou moda nas redes ser “fiscal/sommelier de tragédia”.
Essas atitudes sempre resultam em desonestidade intelectual para analisar crimes através de um viés ideológico que ajude a fechar sobre o tema. Isso acontece de ambos os lados inclusive.
Na verdade Zezé de Camargo pode se comover com o que quiser. Inclusive deveria ter ido para a rua contra o absurdo que foi a morte de Gisele em 2016.
Mas é bem mais fácil ir para as redes sociais e desmerecer a luta e a tragédia de quem não está politicamente alinhado com que ele pensa.
É bem triste que uma pessoa que trabalha tantos anos com música cantando o “amor” não tenha desenvolvido a mínima sensibilidade para momentos como esse.
Com informações: R7
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